O silêncio foi proposital. Quando falamos em aprendizado organizacional, o ponto mais importante é que os colaboradores se enxerguem como tal - colaborando com a organização e uns com os outros. Se eu não for capaz de expor minhas idéias para promover o crescimento do outro, eu inibo a participação do outro com suas idéias, que poderiam trazer um crescimento pessoal e profissional.
Alguns medos/receios que levam ao não-compartilhamento são muito comuns:
- Manutenção de diferencial: alguns percebem seu conhecimento como diferencial (e muitas vezes estão corretos). Entretanto, o que é conhecido certamente está publicado e pouco tempo é preciso para que alguém que tenha interesse construa esse conhecimento - reduzindo ou eliminando esse diferencial. Para manter-se na frente, é preciso alimentar esse diferencial com outras informações e pontos de vista. Compartilhar é, na verdade, a forma de manter o diferencial que você possui;
- Exposição: outros acreditam que a exposição de suas idéias pode não ser frutífera - temem o ridículo, ou a exposição de fraquezas. Isso leva a um ostracismo autorrealizado, impedindo que a pessoa possa direcionar seu aprendizado em função das considerações de outras pessoas acerca do que foi exposto. Vale lembrar também que essa percepção pode estar equivocada e a informação ser fundamental para a solução de um problema - a exposição agrega valor à empresa, aos colaboradores e a si mesmo (pelo reconhecimento e aprendizado) e
- Envolvimento: outros tantos estão acomodados e não querem que as coisas mudem. Para eles, discutir melhorias é desinteressante - por diversos motivos (estrutura altamente hierarquizada dificulta as mudanças, mudanças trarão mais trabalho...). Seja qual for o motivo, a vontade de inação é (na minha opinião) o pior obstáculo a ser vencido.
Para que a empresa possa aprender, é preciso, antes de qualquer coisa, que as pessoas tenham interesse em aprender e, principalmente, ensinar - e aprender ensinando.
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